terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Chegou o Natal.
Celebra-se o nascimento de um bebé. Só por isso já devia ser motivo de ceebração, pois uma nova vida chegou ao mundo. Mas mais que isso, o nascimento de um bebé especial, que mudou o mundo para sempre; o bebé que nos trouxe a noção da existência de um Deus do amor, que ama todos os seres vivos e sabe perdoar, um Deus diferente dos demais, temidos, punitivos, muitos mesmo imaginados à imagem do Homem.
Por isso mesmo vejo-a como uma época de paz e alegria... Tenho pena que não o seja em todo o mundo. Mas o Homem ainda aprendeu muito pouco ao longo destes dois mil anos.
Tenho pena ainda do consumismo que se criou à volta desta época, desviando-a dos seus valores tradicionais. Talvez a crise que aí está permita colocar um travão nesse desvio, obrigando muitos a lembrar o verdadeiro sentido da época, mais não seja, para se justificarem, e traga, assim, algo positivo.
Lembrem-se, Natal é época de amor e alegria, tempo, por isso, de lembrar os que mais gostamos e, se possível, estar com eles.


Aos leitores do Noites do Tâmega, deixo os votos de um Feliz Natal, pleno de alegria.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Crónicas do Governo - Orçamento 2009

É certo que não contava publicar nada antes da reflexão prometida para breve, mas, uma vez que o tema é pertinente, deixo em primeira mão a crónica que irá saír no próximo número do Ecos da Ribeira:

Crónicas do Governo – Orçamento 2009

Esta semana foi anunciado o Orçamento de Estado para o ano 2009, um orçamento que causou polémica logo à partida com os atrasos na chegada à Assembleia da República e pela forma como foi divulgado na comunicação social. “Pormenores” à parte, debrucemo-nos sobre o seu conteúdo pois será esse o que afectará directamente a vida dos portugueses. Numa conclusão muito resumida, este orçamento prevê um aumento do investimento público em grande parte voltado para os apoios sociais.
Ao fim de três anos de rigorosa contenção orçamental que privou os portugueses de concretizarem muitos dos seus planos, vemos, em plena crise financeira internacional cujos efeitos ainda serão sentidos em Portugal e num quadro de previsões negativas por parte do próprio Governo (grande abrandamento do crescimento económico e aumento da inflação e do desemprego), um abandono do rigor nas contas públicas e o bolo acumulado nos últimos três anos, que permitiu o saneamento financeiro do país, esbanjado agora de forma leviana, coincidência das coincidências, em ano de eleições. O resultado vai ser, depois desta euforia, voltar a “apertar o cinto” ainda com mais força.
O mais absurdo desta situação é o facto de os impostos se manterem altos, quando seria lógico num quadro de maior flexibilidade começar com uma redução significativa dos mesmos (e não o ridículo 1% do IVA).
Não se deixem enganar; isto, meus senhores, é um orçamento eleitoralista que tem como missão amnesiar a má actuação deste Governo até agora. Com este orçamento o Governo completa a bilogia “pão e circo”, inspirada na política imperial da Roma Antiga, sendo que este último já dura há alguns meses e teve o seu auge na apresentação do computador “Magalhães”. Dando pão ao povo faminto, o imperador sacia a sua fome enquanto o distrai dos problemas com entretenimento, mantendo, desta forma, o povo satisfeito e sossegado.
O que me preocupa é que, tal como na Roma Antiga, esta é uma política que costuma funcionar.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Aos leitores no Noites do Tâmega

Os leitores do Noites do Tâmega já se questionarão sobre o silêncio deste sítio. Mas podem ficar descansados, não foi alvo de censura por parte do Governo. Na verdade, tenho andado muito ocupado com um projecto profissional que me tira tempo fundamental para a intervenção cívica que é feita neste sítio. Mas também ele é um projecto de intervenção cívica, cuja concretização dará um contributo importante para o desenvolvimente cultural de uma região.
Prometo para breve uma reflexão que tenho preparado nas longas horas diárias que passo a conduzir. Até lá, sigam o mote deste blog, que é o que eu faço todos os dias.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos - Pequim 2008


Há já algum tempo que não publico um texto neste blog, mas a falta de tempo não tem permitido. Creio ser chegada a altura de o fazer e com um tema pertinente: os Jogos Olímpicos de Pequim que terminaram ontem com grande pompa e circunstância.

Em relação à sua organização tive já a oportunidade de comentar há umas semanas; quero apenas dar uma achega à polémica que rebentou durante a sua realização junto da comitiva portuguesa. Em primeiro lugar nota negativa para a imprensa que lançou a polémica em tempo inoportuno, servindo apenas para colocar mais pressão sobre os atletas e não ajudando em nada ao seu sucesso. Em segundo lugar, nota negativa para alguns atletas que, enquanto representantes do país, deviam ter discernimento e moderação nos comentários. Desiludiu-me a Vanessa Fernandes com um comentário muito triste que não trouxe nada de benéfico para os seus colegas que faltavam competir e que, caso não tivesse ganho a medalha, provavelmente não faria. Nota negativa ainda, por último, para o presidente do Comité Olímpico de Portugal que demonstrou maior ingenuidade do que os atletas com os comentários que, à semelhança destes, proferiu durante os jogos e que, por isso mesmo e a a meu ver, não merece continuar no cargo.

Muitos parabéns ao Nelson Évora, que bem os merece, e aos restantes atletas que se esforçaram. Não podemos esquecer que nos Jogos olímpicos a competição é de alto nível nem o facto de em Pequim terem sido batidos vários recordes nacionais. Venha Londres...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Parabéns aos produtos portugueses


Parabéns à Alheira de Vinhais, ao Presunto Bísaro de Vinhais e ao Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas que acabam de se juntar ao conjunto de produtos reconhecidos pela União Europeia com a categoria de DOP (Denominação de Origem Protegida). Isto vem enriquecer o nome de Portugal e reconhecer a qualidade dos nossos produtos, pelo menos a nível institucional pois à mesa já todos nós a conhecemos.

domingo, 27 de julho de 2008

Boas Férias

O Verão está aí. Com ele vêm as festas e romarias e regressam os filhos da terra que, em busca de uma vida melhor, partiram para outros locais, por vezes muito longe. Todos se encontram e se divertem em conjunto; as aldeias e vilas rurais enchem-se de alegria. Esta é, creio, na maior parte das localidades a época mais alegre do ano.

A todos os visitantes do Noites do Tâmega, fica o desejo de umas boas férias.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Crónicas do Governo - Greve dos camionistas

No último debate parlamentar, o Governo admitiu sentir-se vulnerável perante o bloqueio dos camionistas. Eu pergunto-me: não cabe ao Governo previnir situações de crise?



O Governo não foi eleito para tirar lições do que aconteceu, mas sim prevenir que situações de crise apossam acontecer; é por este motivo que detêm na nação e estrangeiro tão grande prestígio e as honras (refiro-me a todas) fornecidas pelos contribuintes. Ainda não tivemos uma greve "dura" como as que confrontaram os Governos Espanhol e Francês, aí queria ver como o Governo se desenrascava.



Parabéns aos camionistas que mostraram ao Governo e ao país como a união faz a força.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Crónicas do Governo - Combustíveis


É com um sorriso irónico que tenho ouvido vários membros do Governo, ao falar sobre o aumento do preço dos combustíveis, afirmar que a solução não está na descida dos impostos mas sim na mentalidade dos portugueses, que devem aprender a não gastar tanto combustível.


Mas em que realidade vivem estes senhores?


Todos os dias tenho de percorrer cerca de 160 km em deslocação para o local de trabalho; não tenho transportes públicos como alternativa ao meu veículo pessoal e todos os dias tenho de me deslocar esses 160 km, sem hipótese de reduzir o consumo. Como eu, vivem esta realidade uma grande parte dos portugueses (a maioria), já para não falar nas empresas.


Portugal não se resume a Lisboa e Porto, cidades onde há realmente boas alternativas ao transporte pessoal, e a grande maioria dos portugueses não vive nessas cidades. Esta é a realidade que os nossos governantes continuam a ignorar (ou querem ignorar), mas são eles que sofrem com isso, são os portugueses que continuam a ter de suportar os resultados de tal ignorância.

sábado, 24 de maio de 2008

Museu do Douro


Tardou, mas agora que abriu portas o Museu do Douro apresenta-se exemplar. Abriu agora ao público uma exposição permanente intitulada "Memória da Terra do Vinho" que é, no fundo, a homenagem à identidade do Douro. Se tiverem oportunidade, não percam a visita.


domingo, 11 de maio de 2008

Sugestão de visita - Aldeia da Luz


Muito conhecida por o seu núcleo original ter sido submerso pelo Alqueva, a aldeia da Luz, reconstruída na margem deste lago artificial, é um excelente local de visita. Por ser construída de novo mas respeitando as construções originais, a aldeia dá a sensação de ter sido requalificada apresentando um núcleo magnífico. Pode ainda ser visitada a igreja, uma reconstrução da original com elementos góticos, e o museu da luz de onde pode contemplar o maior lago artificial da Europa.

Aproveitando esta visita sugiro ainda o castelo medieval de Mourão, a poucos quilómetros, e a medieval vila fortificada de Monsarás cujo núcleo histórico é, também, invejável (este, sim, requalificado), tendo sempre como panos de fundo fundo a paisagem alentejana e o Alqueva.

sábado, 10 de maio de 2008

Crónicas do Governo - Educação

Finalmente, uma voz sensata. Ludgero Marques, presidente da Associação Empresarial de Portugal, veio defender a necessidade da verdade na educação e formação em Portugal e criticar a função meramente estatística do programa Novas Oportunidades. O que me preocupa é parecer que este não é o único programa a ter essa função, mas praticamente todas as medidas educacionais deste Governo. Quando ouvi, esta semana, a senhora ministra admitir proibir os "chumbos", tive a certeza que o ensino público está condenado.
Mas convido-os a visitar o endereço http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/400ef3e0a635f7fae88b24.html

sábado, 3 de maio de 2008

Parque Internacional de Escultura ao Ar Livre


Esta semana fiquei contente com uma notícia do Diário de Trás-os-Montes que dá conta da aposta na arte por parte do Município de Carrazeda de Ansiães. Este município pretende dotar a sede de concelho com 10 obras de escultores de renome internacional que criarão o Parque Internacional de Escultura ao Ar Livre. É um grande investimento que visa a promoção do concelho e que apresenta a cultura como um factor importante para o desenvolvimento das localidades do interior.
Está de parabéns.

sábado, 26 de abril de 2008

Parabéns Tv Galícia


Foi com gosto que ontem assisti a uma programação na Tv Galicia dedicada à Revolução dos Cravos. Mais uma vez este canal regional a estabelecer uma ponte entre a Galiza e Portugal cujo passado cultural tem grande ligação. Mais que qualquer outra região espanhola, os galegos sempre tiveram uma relação muito chegada conosco, arriscando-me a designa-los como os verdadeiros nuestros hermanos. Estão de parabéns.

Crónicas do governo - 25 de Abril

Ontem ouvi uma reportagem interessante na RTP, interessante e preocupante. Dava conta de uma grande percentagem de jovens portugueses que não sabem o que foi e o que significou o 25 de Abril, para quem a data é apenas um feriado, terminando com o reparo de a disciplina de História ter apenas 90 minutos semanais no 9º ano. Na verdade, estão atafulhados com Matemática e Inglês (que já nem podem ver à frente), como podem dedicar-se a outras áreas do saber?
Depois da chamada de atenção do Presidente da República, o Primeiro Ministro veio dizer que acha que os jovens estão a ser bem preparados... Onde, se os professores são obrigados ao facilitismo para que as estatísticas subam e o Governo se vanglorie? Estamos a criar ignorantes... é preocupante. E é certo que grande maioria dos jovens tem uma cultura geral baixa e um tremendo desinteresse (levo com essa realidade diariamente). Mas vale a pena falar para ouvidos moucos...?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril


Comemora-se hoje 34 anos desde a Revolução dos Cravos.

A situação em que o país se encontra actualmente, de instabilidade e de alguma insegurança, levam a que muitos suspirem hoje pelo tempo da ditadura. Ao ouvi-los, fico triste. Na verdade esses têm a memória curta (alguns nem conheceram essa realidade) e já não se lembram do medo, da pobreza e da injustiça que existia diariamente. E sou de uma geração posterior, mas sei que nessa época eu não podia ter este blog, pelo menos, a maior parte dos meus textos eram censurados. Se hoje podemos criticar, se hoje podemos escolher, devemo-lo aos capitães de Abril.

Hoje é dia de lembrar isso, e comemorar a nossa liberdade.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Palácio da Brejoeira - Monção


Apresento hoje, a quem não conhece, o Palácio da Brejoeira no concelho de Monção. Localiza-se na freguesia de Pinheiros, junto à EN 101 que segue para Arcos de Valdevez. É um magnífico palácio com características neoclássicas e neobarrocas, classificado como Monumento Nacional. Aqui se encontrou Salazar com o General Franco, em 1950, para uma reunião política. É propriedade privada, pelo que a sua grandiosidade só pode ser vista através do portão. Fica a sugestão.

Museu da História de Portugal

Ontem estive algum tempo a ouvir o professor José Hermano Saraiva no seu programa "A Alma e a Gente" (RTP2), deesta vez a falar sobre os museus. não é um programa que eu tenha por hábito ver, mas aprendem-se umas curiosidades interessantes. Chamou-me à atenção quando ele falou na criação de um Museu da História de Portugal nos edifícios pombalinos que circundam a Praça do Comércio. Uma coisa é certa, seja esse ou outro museu, ou mesmo outra função cultural, o certo é que esses edifícios deviam estar culturalmente acessíveis ao público, ao invés de estarem "atulhados de burocratas" como o próprio professor referiu. Neste aspecto tenho de lhe tirar o chapéu. Lembre-se que esta praça é um das maiores da Europa, a mais bela de Lisboa, e foi palco de grandes acontecimentos históricos decisivos como, por exemplo, o 25 de Abril. Devia, realmente, ter outro aproveitamento.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O acordo ortográfico


No último Prós e Contras, programa da RTP1, debateu-se o novo acordo ortográfico estabelecido entre Portugal e os países de língua oficial portuguesa. Este debate juntou escritores, professores universitários e outras individualidades dos vários países e foi interessante, mais não seja para esclarecer algumas questões. Pois se os argumentos que os "contra" utilizavam me chamavam à atenção, tendo como principal argumento que Portugal se devia afirmar sozinho pela sua cultura e não colar-se ao Brasil, houve uma frase de uma escritora brasileira que me fez pensar de outra forma; ela disse que os brasileiros não falam "brasileiro" mas sim português. Também me chamou à atenção exemplos como a Espanha que tem uma relação muito próxima com os países de língua espanhola, o que influencia em muito a projecção da sua cultura a nível mundial. Posto isto, e uma vez que não teremos de falar de forma diferente já que as alterações são apenas ao nível das consoantes mudas e pouco mais, talvez um acordo neste âmbito tenha os seus benefícios para Portugal. No entanto, também me pareceu que este acordo não é o mais indicado, e sobre isso convido-os a ver o artigo "Sobre o acordo ortográfico" onde deixo uma sujestão de leitura. Já agora, parabéns às "Vozes da Rádio" pela bela interpretação do "Cadê você morena".

terça-feira, 8 de abril de 2008

"Este jardim à beira-mar plantado..."


Hoje vi este cartoon do Henrique Monteiro com o título "Este jardim à beira-mar plantado..."...faz-nos pensar.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sobre o acordo ortográfico

Li hoje um comunicado da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros que apresenta um estudo sobre o acordo ortográfico entre Portugal e os países de língua portuguesa, de acordo com o qual este se revela inútil, falhando nos seus objectivos. Convido-os a ver em

http://www.apel.pt/default.asp?s=12268&ctd=32345

e a tirar as vossas conclusões.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Crónicas do Governo - Educação

Por mais que eu queira variar na temática, o Ministério da Educação continua a ser o que mais merece um comentário. Foi preciso a comunicação social dar ênfase à situação do caso da escola Carolina Micaelis, e vir o PGR denunciar a real situação que se vive nas escolas, e o PR vir também preocupar-se para chamar a atenção do Ministério, que ao início desdramatizava tentando apagar o caso, para o problema do desrespeito que existe nas escolas. Mas claro, quem criou esta situação foi mesmo o Ministério ao faltar contantemente ao respeito aos professores. Só espero que este caso traga melhorias efectivas, e medidas efectivas para resolver o problema. Vamos ver o que dá.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Sobre os Jogos Olímpicos


As últimas semanas têm-nos dado contam, pela negativa, de várias notícias relativas aos Jogos Olímpicos a realizar este ano em Pequim. Não me refiro às questões relacionadas com o Tibete, mas antes às questões relacionadas com a poluição, que dão conta inclusivé de um atleta que não vai competir por tal colocar em causa a sua saúde. Pois o Comité Olímpico Internacional tinha evitado estas questões de forma muito simples: não aprovando a candidatura chinesa devido à poluição do ar ser prejudicial à saúde dos atletas. De acordo com a Carta Olímpica, o primeiro dos Princípios Fundamentais do Olimpismo defende que "Misturando o desporto, com a cultura e a educação, o Olimpismo procura criar uma forma de vida baseada na alegria do esforço, a educação de valores relacionados com um bom exemplo e respeito pelos princípios éticos universais". É um paradoxo. O respeito pelo Ambiente é (ou devia ser) um dos princípios éticos universais e a "alegria do esforço" apenas acontece em ambientes saudáveis em que o atleta se sente bem com o ar que respira. Ao não aprovar a candidatura de Pequim, o Comité não só tomava uma posição a favor do Ambiente como salvaguardava a saúde dos atletas e dava uma lição ao mundo, respeitando assim os seus próprios princípios e fazendo-se respeitar. Poderia até conseguir uma mudança de atitude por parte de Pequim em relação ao Ambiente. Mas, por vezes, há outros interesses que nos são obscuros...

sábado, 15 de março de 2008

Castelo da Dona Chica


Apresento-lhes hoje, a quem ainda não conheça, o Castelo da Dona Chica ou Castelo da Palmeira. É um magnífico palácio eclético situado junto à igreja em Palmeira no concelho de Braga. Construído no início do Século XX, o projecto conta com a assinatura do arquitecto Ernest Korrodi e conjuga vários estilos medievais e clássicos ao gosto romântico. Neste momento encontra-se em vias de classificação por parte do IGESPAR e num aparente estado de abandono resultante do seu futuro incerto. É a forma como se dá valor o património artístico em Portugal... Embora só seja possível ver ao longe, é uma excelente sugestão de visita.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O Vale do Alto Tâmega


O vale do Alto Tâmega descendo de Espanha por entre o Alvão e o Barroso até ao vale da ribeira de Antrime, a "Ribeira" de Pena.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Marcha da Indignação - e que marcha...

Finalmente com condiçoes para continuar as reflexões do Noites, começo por dar os merecidos parabéns aos professores. Superaram as espectativas (quase cem mil) e como consequência, vejam só, o Governo recuou (embora eles continuem aflitivamente a insistir em como não recuaram). A este propósito, convido a ler as palavras de Mário Crespo no link abaixo, que subescrevo também.

http://jn.sapo.pt/2008/03/10/opiniao/acabouse.html

sexta-feira, 7 de março de 2008

Crónicas do Governo - Novamente a Educação

A política educativa deste Governo tem dado os seus frutos e como diz o povo "quem semeia ventos, colhe tempestades". Está por isso prevista a maior manifestação de professores desde o 25 de Abril (e, provavelmente, de sempre) amanhã em Lisboa; é o que dá governar de forma intransigente e arrogante, à margem dos parceiros sociais. Quem é professor uma vez, é para sempre, por isso, deixo aqui o meu apoio aos professores.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Crónicas do Governo – Ex - DGV

Também a política reformista levada a cabo pelo Governo tem dado os seus frutos. Praticamente todos os organismos dependentes do Estado foram reformulados, o que teve como resultado apenas, para já, lançar a confusão no seio dos mesmos. Tal aconteceu também na Direcção Geral de Viação, agora dividida em dois organismos onde ninguém sabe bem quais as competências de um e outro. Graças a isso milhares de multas correm o risco de prescrever (para pesar dos portugueses), mas o mais grave são os problemas dos utentes que continuam a aturar a burocracia e a desinformação e continuam a gastar demasiado tempo para resolver o que quer que seja. Bendito Simplex...

Crónicas do Governo – Aulas de Substituição

A política seguida pelo Ministério da Educação, apesar da contestação de que tem sido alvo por parte de todos os agentes ligados o Ensino, começa a dar os seus frutos, infelizmente com más notícias para o Estado. Devido à insistência em aplicar as aulas de substituição na forma como foi aplicado, o Estado terá agora de pagar milhares de Euros em horas extraordinárias. O Governo quer tanto cortar na despesa e acaba por esbanjar desta forma irresponsável. Quem vai pagar isso, os responsáveis por esta medida? Não, serão, como sempre, os contribuintes a pagar a factura.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Emoções

Ontem percorri a velha estrada entre Guimarães e Ribeira de Pena. Tantas vezes a fiz por não ter outra alternativa, ontem foi por mero prazer ao som de Dulce Pontes e Ennio Morricone. Esteja o tempo que estiver, é um percurso fantástico para viver emoções numa viagem onde a pressa não tem lugar. E ao invés de atravessar as Terras de Basto pelo alto das suas serras, penetrei pelo seu interior profundo, dando-me novamente conta da sua identidade e da sua ruralidade plena de imagens inesquecíveis, que convosco partilho. Aqui, estamos num mundo cuja evolução é lenta, mas que continua com a sua identidade bem marcada. Do alto da Gandarela, visualizo a Sul o vale do Tâmega, onde se alojam Mondim e Celorico, envolto pelas colinas do Marão e do Alvão hoje repletas de aerogeradodes que à noite lhes dão um ar mágico com suas pequenas luzes intermitentes. Ao centro e quase isolado, o Alto da Senhora da Graça permanece imponente, qual atalaia vigilante sobre todo o vale. Tempos houve em que a locomotiva subia o Tâmega até ao Arco; tempos houve em que o Castelo de Arnóia vigiava todo este vale. Hoje, à noite, todo o vale é iluminado sem excesso dando-lhe um ar belo. Mais à frente, e olhando agora a Norte, vislumbro o vale de Cabeceiras, envolto pelas colinas da Cabreira. Tempos houve também em que o Mosteiro de S. Miguel dominou toda esta área. Passamos o Arco de Baúlhe, centro indiscutível de toda a Região de Basto. Seguimos pelo Ribeiro do Arco onde o Alto de Formoselos, posto avançado do Alvão, se deixa vislumbrar de perto e nos anuncia os contrafortes desta Serra e, com eles, a entrada em Trás-os Montes. Depois vem Cavez e a sua Ponte sobre o Tâmega, que desde tempos remotos serve de ligação privilegiada entre o Minho e Trás-os Montes... e de divisão. Aqui Camilo conheceu as belas mulheres serranas possuídas por demónios e assistiu às escaramuças entre os "barões feudais a cujas barbacãs não chegavam as justiças d'el Rei" vindos dos dois lados desta "fronteira". Entra-se em Trás-os Montes com a sensação de não ter saído do Minho; continuam as antigas e belas casas senhorias, o povoamento disperso, o vinho verde... Começa a subida para as altas terras transmontanas, mas lentamente. Então, uma outra face do vale do Tâmega aparece, agora vindo de Espanha aos socalcos por entre as encostas do Alvão, do Barroso e da Cabreira. E banhada pelas suas águas, encostada ao Alvão, Ribeira de Pena, a última terra de Basto, a primeira transmontana, numa harmoniosa combinação entre o Vale e a Serra. Aconselho quem tiver oportunidade a fazer este trajecto; e no fim, podem-se ficar por aqui ou então subir o Alvão e entrar num mundo diferente pela terra fria transmontana.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sujestão do dia

Deixo aqui uma sugestão de visita, principalmente para quem gosta de decoração e bijuteria. É um blog pessoal, mas com muitas coisinhas para venda. gy-arte.blogspot.com

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Quando estás longe

Quando estás longe
Tudo muda em meu redor.
Não sei se é dos meus sentidos
Ou se o mundo sente também
A falta que de ti sinto.
Nem o Sol brilha de igual forma,
Nem as flores abrem como então,
Nem as águas do rio correm com a mesma euforia...
Tudo fica calmo, vazio,
Parco de vivacidade,
Pleno de nostalgia...
E a vontade de te voltar a ver é intensa,
Ansiosa, plena de saudade.
Quando estás longe fico triste...
E só penso em te ter aqui.

Emanuel Guimarães

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A um amigo

Esta semana começou para mim com uma infeliz novidade, com a qual eu não esperava. O falecimento de um amigo que nos é chegado é algo que nos deixa pensativos sobre a nossa insignificância perante as forças da natureza. Mas também nos alerta para a nossa grandeza enquanto seres capazes de marcar os que nos rodeiam... e deixar saudade.

Em sua homenagem publico aqui um poema seu.



Plenitude


O silêncio…

É certo que neste lento pôr-do-sol, o silêncio se ouve com mais força. Mas não é o silêncio.

A tranquilidade…

Sob a lua rompante, a natureza descansa. Alguns morcegos esvoaçam por sobre o pátio. A água corre no tanque, quase imperceptível. Tudo, na natureza, parece ocupar o seu sítio próprio. Mas não é a tranquilidade.

A paz…

De repente, dentro e fora de mim, tudo é harmonia. Neste momento preciso, tudo bate certo. Tudo tem razão. Mais, nada precisa de ter razão, porque o coração sente a plenitude. Mas não é a paz.

Não sei o que tem este lugar. Só sei que é o meu lugar. Aquele em que tudo faz sentido. Aquele em que consigo reunir tudo o que há em mim. Sem dramas, sem ansiedades. Plenitude, talvez seja isso, o que me enche neste velho pátio da casa ancestral dos meus antepassados. Aqui vivo eu, aqui vivem todos os meus fantasmas, aqui vivem as almas de Santa Marinha.

Talvez um dia me possam trazer para aqui para morrer. Talvez um dia possam espalhar as minhas cinzas por estes metros que a minha vista alcança. Porque mais do que qualquer outro sítio do mundo, eu pertenço aqui.

Francisco Botelho

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Crónicas do Governo – Será seguro sair à rua descansado?

A reorganização levada a cabo pelo Governo não se limita à Saúde; ela está a acontecer em todos os Ministérios, todos com contestação, todos com eficácia duvidosa. O caso que me chegou ao conhecimento esta semana é relativo ao Ministério da Administração Interna. Este Ministério está a levar a cabo uma reorganização da PSP e da GNR, fechando também alguns postos e reduzindo o número de efectivos. Ora, numa altura em que os portugueses sentem um aumento da criminalidade violenta no nosso país, em que todos os dias se ouvem novos casos, não creio que esta seja uma medida que transmita segurança aos portugueses.
Mais uma vez serão as zonas menos populosas as mais prejudicadas, caso de Chaves, uma cidade em crescente desenvolvimento e capital da região do Alto Tâmega, que verá a sua Secção da PSP reduzida a uma simples esquadra com menos efectivos. Isto não só aumenta a insegurança de quem habita estas regiões como contribui para a sua desertificação, pois ninguém quer viver num local onde não há serviços essenciais (de referir que Chaves perdeu já, vítima desta reorganização, a maternidade e o tribunal administrativo).
Pois se ficar doente está fora de questão, agora fica também difícil andar na rua descansado... Onde iremos parar?

domingo, 27 de janeiro de 2008

Crónicas do Governo - Tenho medo de adoecer em Portugal

Este início de 2008 também não tem sido famoso para o Ministro da Saúde; estalam os episódios relacionados com as dificuldades que se vivem na prestação de assistência. Só nesta semana foram vários os casos em que a coisa não correu bem, seja pela sobrelotação das urgências que se encontram em funcionamento, seja pela falta de meios dos Bombeiros ou falta de coordenação destes com o INEM. Isto põe a nu que, afinal, as condições de auxílio não foram asseguradas pelo Estado quando iniciou a reorganização das urgências. Perante estes factos, só vos digo: alegrem-se os que gozam de boa saúde; eu tenho medo de adoecer em Portugal.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Desafio para o novo ano

O novo ano não começou bem: o aumento dos preços foi inevitável e o mesmo não se viu nos ordenados, o número de desempregados continua a aumentar e a “crise” não acabou. Estaremos condenados a este fado todos os anos? Há quem diga que a culpa é do Governo (em muitos pontos é verdade), da conjuntura internacional, do progresso... e podem encontrar-se ainda uma infinidade de explicações. A verdade é que os portugueses andam desanimados e pessimistas em relação ao futuro. Mas sempre foram, na sua maioria, pessimistas, lamentando-se da sua sorte e suspirando por uma vida melhor muitas vezes sem se esforçarem por isso.
Sendo eu conhecedor das filosofias orientais, venho aqui propor uma nova abordagem para a vida que, aliás, tem sido divulgada em alguns best-sellers da literatura actual. Explicando de forma muito básica, tudo é formado e movido por energia. Da mesma forma se acredita que o poder da mente é muito maior que o físico. Quando acreditamos que algo pode acontecer, quando somos optimistas, estamos a transferir energia para que tal aconteça e, mais cedo ou mais tarde, acaba por acontecer. Ao invés, sendo pessimistas não estamos a acreditar que algo possa acontecer, logo a energia que decorre desse acto não contribui para que aconteça.
Não será esta a explicação para a “crise” em que nos encontramos? A maior parte dos portugueses, cépticos em relação ao futuro, não têm contribuído para que este estado de coisas melhore. Lembrem-se que os que se curam são geralmente os que acreditam que tal pode acontecer. Como optimista que sou digo-vos, por experiência pessoal, que funciona, mesmo que por vezes demore. Sempre me tenho deparado com gente sem ânimo, vivendo o dia a dia em desespero; talvez se o pensamento fosse positivo as coisas corressem melhor.
Posto isto, desafio-vos a levantar esses ânimos. Espíritos positivos, pensamentos positivos, vamos assim contribuir para que Portugal tenha um futuro melhor. E mesmo que não sejamos suficientes para isso, pelo menos contribuímos para o nosso próprio futuro e para o nosso bem-estar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Apresentação

O que se pretende deste sítio?
Contribuir para uma Sociedade mais justa, mais culta, mais crítica, mas onde a crítica seja construtiva. Contribuir para um desenvolvimento social e cultural, deixando opiniões, reflexões e pensamentos à consideração de todos, e deixando-os comentar. Aqui posso ser poeta e escritor, levado pelo mundo da imaginação, mas também um agente activo na sociedade, contribuindo com a minha opinião. Só numa sociedade onde os cidadãos intervêm activamente com as suas opiniões a democracia, hoje tantas vezes chamada de forma leviana, atinge os seus propósitos. Por isso, convido a todos os que aqui vierem a deixar o seu comentário e, desta forma, também o seu contributo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

As Noites do Tâmega

A noite caíu já sobre as Serras... e o que vemos? As luzes públicas das aldeias e lugarejos, cintilando como pirilampos, tentando contornar a imensidão das trevas. Aqui, onde o Minho com Trás-os-Montes se dividem, é o Tâmega que rege a fronteira e não a vontade dos homens. Assim foi durante eras. Ao fundo vê-se Espanha e a sua serra, nevada no Inverno, quando os dias o permitem. À noite, porém, tudo é igual: não há fronteiras ou divisões, apenas sombra. Mas eis que, do alto de Bustelo, surge uma nova luz. Sim, a Lua nasce com todo o esplendor que o céu limpo lhe pode dar. Ela ilumina todas as sombras da noite, as mentes e os corações, e dá-lhes um novo alento.
E a noite torna-se mágica.