segunda-feira, 24 de março de 2008

Sobre os Jogos Olímpicos


As últimas semanas têm-nos dado contam, pela negativa, de várias notícias relativas aos Jogos Olímpicos a realizar este ano em Pequim. Não me refiro às questões relacionadas com o Tibete, mas antes às questões relacionadas com a poluição, que dão conta inclusivé de um atleta que não vai competir por tal colocar em causa a sua saúde. Pois o Comité Olímpico Internacional tinha evitado estas questões de forma muito simples: não aprovando a candidatura chinesa devido à poluição do ar ser prejudicial à saúde dos atletas. De acordo com a Carta Olímpica, o primeiro dos Princípios Fundamentais do Olimpismo defende que "Misturando o desporto, com a cultura e a educação, o Olimpismo procura criar uma forma de vida baseada na alegria do esforço, a educação de valores relacionados com um bom exemplo e respeito pelos princípios éticos universais". É um paradoxo. O respeito pelo Ambiente é (ou devia ser) um dos princípios éticos universais e a "alegria do esforço" apenas acontece em ambientes saudáveis em que o atleta se sente bem com o ar que respira. Ao não aprovar a candidatura de Pequim, o Comité não só tomava uma posição a favor do Ambiente como salvaguardava a saúde dos atletas e dava uma lição ao mundo, respeitando assim os seus próprios princípios e fazendo-se respeitar. Poderia até conseguir uma mudança de atitude por parte de Pequim em relação ao Ambiente. Mas, por vezes, há outros interesses que nos são obscuros...

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