Há poucos dias ouvi uma notícia que dava conta do aumento do consumo de antidepressivos na sociedade portuguesa. Sobre este assunto, gostava de deixar um pensamento para reflectir.
Vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva onde o sucesso é elevado a uma condição vital do ser humano. Mas o sucesso torna-se também cada vez mais difícil, principalmente entre os mais jovens que vêem os anos passar sem garantir um emprego ou uma carreira. A existência de rankings é um exemplo de como a sociedade incentiva esta competição que tem como consequência a rejeição do indivíduo em caso de insucesso. Não quero dizer com isto que os mais dedicados e capacitados não sejam reconhecidos, mas antes que não devem ser esquecidos os restantes, que são obrigados a lidar com a frustração e consequente desmotivação.
Este problema advém da falta de preparação dos jovens para ultrapassarem os dissabores do fracasso e começarem de novo. Nos últimos anos tem-se privilegiado o ensino de áreas científicas e técnicas em detrimento das humanidades, principalmente da filosofia. Pois as humanidades dão ao indivíduo a base necessária à compreensão do Homem e da Sociedade, permitindo-lhe a reflexão e ponderação de forma a olhar o futuro com ânimo renovado.
Posto isto, talvez a solução não esteja nos antidepressivos...
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